A contabilidade é essencial para a administração de qualquer negócio. Nas empresas que trabalham com o modelo Dropshipping (sem estoque), não seria diferente. Rastrear receitas e despesas, garantir a conformidade legal e informações financeiras que podem ser usadas na tomada de decisões, são algumas das ações relacionadas à contabilidade Dropshipping.
O Dropshipping é um modelo de negócio que não necessita de um estoque para armazenar produtos. Normalmente um e-commerce mantém seu próprio estoque e envia os itens da compra ao cliente após a confirmação do pedido, mas isso pode acabar gerando altos custos. O Dropshipping visa minimizar esses custos. Confira mais sobre esta estratégia neste post.
A contabilidade tem um papel muito importante na regularização das atividades de Dropshipping. Nas lojas virtuais que trabalham com o modelo Dropshipping, nos referimos normalmente a essas atividades:
Tudo que garante a transparência financeira e a prestação de contas da empresa perante o governo está relacionado à contabilidade.
O Dropshipping é considerado um modelo de negócio não regulamentado no nosso país (o que é diferente se um modelo ilegal). Ou seja, ainda não existe uma legislação para tratar das atividades do Dropshipping. Enquanto isso, quem optar por este modelo, deve interpretar a legislação que existe para encontrar atividades (CNAEs) com características semelhantes.
O primeiro passo para uma contabilidade Dropshipping é regularizar a empresa através da abertura de um CNPJ. Esta formalização permite que seu negócio seja reconhecido como uma empresa perante o governo e instituições bancárias.
Porém, um dropshipper não pode abrir um CNPJ como MEI, devido ao limite de faturamento anual e as regras desse modelo. O recomendado é abrir o CNPJ como ME (Microempresa), cujo limite de faturamento anual é igual ou inferior a R$ 360 mil.
Em muitos estados, você pode criar seu CNPJ pela internet, em algum centro como praça do cidadão ou ainda, se preferir, contar com a ajuda de um contador para realizar esse processo.
Ao se formalizar, é preciso escolher o CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Trata-se de um código referente à atividade econômica que a sua empresa vai exercer. Ele determina quais são os impostos a pagar e quais são as obrigações tributárias.
Após a regularização inicial, é necessário escolher o regime tributário para enquadrar sua empresa. Basicamente existem 3 opções:
Se optar pela Microempresa (ME), o seu negócio estará automaticamente enquadrado no regime do Simples Nacional. Se ultrapassar o limite de faturamento anual do ME (R$ 360 mil), seu negócio poderá ser enquadrado no Lucro Presumido ou Lucro Real. Já o Lucro Presumido, pode ser usado por empresas com faturamento anual de até R$ 78 milhões.
No Lucro Real, a adesão é obrigatória para empresas com faturamento anual superior a R$ 78 milhões.
Os impostos a serem pagos, serão referente ao faturamento da empresa, o regime tributário em que está enquadrado o seu CNPJ e a tributação de cada município. Em regras gerais, os seguintes impostos devem ser pagos ao abrir um CNPJ:
A frequência da cobrança e a soma dos impostos são diferentes em cada regime tributário. Se puder, de início, conte com a ajuda de uma assessoria contábil.
Agora você já conhece um pouco mais sobre contabilidade de Dropshipping, e poderá dar os primeiros passos com seu empreendimento sem estoque.
Publicitária de formação e apaixonada por comunicação. Escreve para o blog da Signativa e toma café o tempo todo.
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