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Mercado online supera vendas em shopping center

Um estudo da Canuma Capital publicado recentemente pelo jornal “O Estado de São Paulo”, mostrou que as vendas do mercado online atingiram R$260 bilhões no ano passado, superando em R$160 bilhões o total de vendas registrado.
De acordo com a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), aqui no Brasil temos um total de 601 shoppings, contendo 110.938 lojas. No estudo, a Canuma Capital utilizou dados dos grupos de capital aberto, das próprias lojas virtuais, informações sobre shoppings investidos por fundos imobiliários, dados de associações e do IBGE. Marcelo Vainstein, sócio da Canuma disse ao Estadão, “Os shoppings terão de se reinventar para ter a mesma receita por metro quadrado”.
Vale ressaltar que o mercado de e-commerce se comporta diferente em todas regiões do Brasil, consequentemente o impacto nos shoppings também é diferente em cada uma das regiões.
O estudo apontou que os shoppings perderam cerca de R$35 bilhões de vendas para as lojas virtuais. Além disso, houve uma perda de R$15 bilhões de serviços, afinal receberam menor fluxo de pessoas em cinemas e área de alimentação.
“Hoje todo mundo fala sobre convergência de canais, entre online e off-line, mas ainda há por parte dos shoppings centers uma completa inabilidade em entender em como desenvolver esta convergência. Modelos como ‘compre online e retire na loja’, por exemplo, deveriam ser estimulados pelos shoppings, e não punidos, cobrando comissões adicionais dos lojistas”, explica Marcelo Linhares, sócio da OnFly.
Para Marcelo, as iniciativas digitais das grandes redes de shoppings com modelos de “marketplace” fracassaram ou têm volumes transacionados irrisórios. “É o momento, definitivamente, dos shoppings centers se reinventarem como indústria, saindo essencialmente de um modelo de ‘real state’ para uma indústria mais digital, com fortes competências de marketing digital e relacionamento com os consumidores e com os lojistas. Se os shoppings não executarem bem a convergência entre canais, é provável que se tornarão cada vez mais um ambiente de entretenimento e alimentação, e menos de varejo e transacional”.
Rodrigo Maruxo, consultor e especialista em varejo digital, declarou que a pandemia só acelerou um movimento que já era natural. Segundo ele, o modelo de shopping já vinha sofrendo para se sustentar em vista do movimento crescente do e-commerce.
Ele acredita na reinvenção do modelo de negócios dos shoppings. “Minha expectativa é que esse fato histórico não sinalize o fim deste negócio, mas que possa incentivar mudanças no modelo de negócios de Shopping Center, que atuando mais integrados ao e-commerce poderá se reinventar e continuar cumprindo sua missão que é a de gerar experiências de consumo e lazer para seus visitantes e excelentes negócios para seus condôminos no off mas também no online”.
Acredita-se que o mercado online já representa aproximadamente 13% do total de vendas de todo o varejo no país atualmente. Com isso, só reafirmamos o poder que este modelo de negócio tem e o quanto ainda está evoluindo.
Daiane Caroline
Publicitária de formação e apaixonada por comunicação. Escreve para o blog da Signativa e toma café o tempo todo.